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Dia a dia nº 2 - fevereiro de 2017

Normalmente a gente anda numa correria que esquece de como é sentir o vento tocando os cabelos, os raios de sol acarinhando o rosto da gente... E foi assim que eu encontrei esses garotos de alma bonita! Pra ver como as coisas são: tem coisa que a gente nem sabe que vai ser, mas vai. E assim, no meio daquele atropelo, daquela correria que todo mundo tem por precisar chegar na hora, que eu meio que “caí” no busão do “Riu Tavarish” e avistei aquele último banquinho lá no fundo do corredor, que era pra ser meu. No meu pensamento aquele banquinho ali é bem perigoso com uma freada brusca porque não tem nem onde segurar, mas quando é assim, pra gente ser plateia, ahhh, mas é lindo demais. Então de repente, eu “caí” sentada ali naquele lugar e avistei de camarote, do melhor lugar da plateia, dois sorrisos cantantes: um com a viola, outro com a caixa, outro com a viola, um com a caixa! Não é coisa fácil de se fazer: tocar viola e batucar bem batucada uma caixa, na sanfona do busão, naquele para e arranca do congestionamento e ainda cantar afinado... Já comecei a ouvir e sorrir, sorrir sozinha. E já dava pra sentir novamente a brisa nos cabelos e as acarinhadas do sol e depois, no espaço de uma música, já tinha mais gente sorrindo, sorrindo pra mim, sorrindo entre si, e eu já tava cantando junto o que eu sabia sem medo de deixar sair a voz... Que mais eu haveria de fazer? Puxar as palmas!! Sim, é pra isso que viemos ao mundo, pra puxar as palmas pra lindeza que é viver!!

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